terça-feira, 27 de dezembro de 2011

HISTORICO DA FAZENDA SANTAREM

A fazenda Santarem em Bemposta, distrito de Tres Rios no Rio de Janeiro, surgiu graças ao desmembramento de terras da fazenda Sant'Anna, localizada no distrito de Anta, pertencente ao municipio de Sapucaia, cuja sede já não existe, restando no local, apenas vestigios de seus alicerces. A antiga sede da fazenda Sant'Anna ficava situada na margem direita do rio Calçado que tem suas aguas ali fluindo em superficie lageada, fato que originou o nome do rio. A edificação da sede foi totalmente concluida no ano de 1813 pelo casal Damaso Jose de Carvalho e Magdalena Maria Pereira de Carvalho. Estes os pioneiros desbravadores desses sertões que tiveram origem em sesmarias concedidas pela coroa portuguesa ao capitão Antonio Barroso Pereira. O capitão era portugues oriundo de Salto, da comarca de Chaves,PT; se instalara na região de Sebolas fundando a fazenda do Mato Grosso no ano de 1784. Ele era homem maduro e viera de Minas Gerais recem casado com a jovem Mariana Jacinta de Macedo, nascida na fazenda "Ribeirão dos Cavalos" em N.S. da Piedade do Rio Grande, São João del Rey. Ela era filha de Maria de Carvalho Duarte e José Rabello de Macedo, neta materna de Caetano de Carvalho Duarte e de Catarina de São José, pioneiros e donos da fazenda de São Miguel do Cajurú, São João del Rey.
Catarina era filha de Antonia da Graça, e sobrinha de Julha Maria e Helena Maria, as tres irmãs e famosas ilhôas de Minas Gerais, de acordo com a obra de José Guimarães. As terras da fazenda Santarem são oriundas da fazenda Sant'Anna, que por sua vez,teve origem em terras que eram originalmente pertencentes as da fazenda da Bemposta. Todas essas terras se encontram em sesmarias requeridas pelo capitão Antonio Barroso Pereira, que pleiteou uma parte em seu nome e outra em nome de sua esposa Mariana. Tais sesmarias abrangiam imensa área territorial da banda leste da freguesia da Paraiba, onde surgiria o "Caminho do Mar de Espanha". Atualmente conhecida como cidade de Paraiba do Sul, a antiga freguesia alcançou a condição de municipio no ano de 1834, tendo como um de seus fundadores, Antonio Barroso Pereira (1792-1864), que posteriormente receberia o titulo de 1º barão de Entre Rios. Ele era homonimo e unico filho do capitão Antonio e irmão de Magdalena Maria Pereira de carvalho (1879-1871).
O capitão Antonio havia dado baixa da carreira militar em Vila Rica no inicio da gestão de D. Rodrigo José de Menezes (depois conde de Cavalheiros), que veio de Portugal para governar a capitania de Minas no ano de 1781. O jovem governador era descendente dos condes de "Catanhede" e "Marialva", estes da poderosa familia Coutinho, uma das mais influentes no reino de Portugal.
Após denuncias que chegaram a Vila Rica dando conta de garimpos clandestinos proximo ao rio do Peixe, afluente do Paraibuna, o governador tomou a iniciativa de mandar lavrar alvarás de posse de terras na região e ocupar a área, incorporando tributos à coroa. Isso ficou a cargo do corregedor Luis Beltrão de Gouveia e Almeida, que lavrou os primeiros alvarás de terra na região, antes mesmo do conhecimento de D. Martinho de Mello e Castro, então ministro do "Concelho Ultramarino" na Metropole.
Luis Beltrão seria mais tarde fiscal dos negócios de diamantes da coroa no Tijuco, atual municipio de Diamantina em Minas Gerais. Isso ocorreu de fato a partir do ano de 1785 quando assumiu o posto de 8º Intendente dos Negócios de Diamantes da coroa, um contemporaneo seu da Universidade de Coimbra. Tratava-se do desembargador Antonio Barroso Pereira, que viera de Portugal por nomeação de D. Maria I para ser fiscal de extração de diamantes em Vila do Principe, depois Serro do Frio. O desembargador Antonio era sobrinho, afilhado e homonimo do capitão Antonio Barroso Pereira, que era irmão de João Barroso Pereira, desembargador do tribunal da Relação da cidade do Pôrto, e pai do 8º Intendente.
Diante da grande amizade entre ambos, Luis Beltrão acabou por se tornar padrinho de Luis, o primeiro filho do desembargador Antonio. O menino que recebeu o nome do padrinho, foi batizado na capela de Santo Antonio do Tijuco no ano de 1785.
Luis Barroso Pereira se tornaria o mais celebre oficial da marinha imperial brasileira, formado na Real Academia de Marinha de Lisboa, com passagem pela Real Academia Naval Britanica. Ele notabilizou-se no rio Tejo sob o comando de Arthur Wellesley - futuro Duque de Wellington - na longa batalha de Santarem no ano de 1811 contra as tropas de Napoleão Bonaparte. O bravo oficial teria popsteriormente destacada participação na expulsão da esquadra de Portugal de aguas brasileiras durante as guerras da independencia, quando era imediato da fragata Nicteroy sob o comando do capitão Jhon Taylor.
Luis era interprete de Taylor e foi habil negociador no episódio da "Confederação do Equador" em Pernabuco no ano de 1824, quando por reconhecimento, recebeu de D. Pedro I a "Ordem do Cruzeiro".
Sua ultima atuação como notavel oficial da armada imperial brasileira ocorreu durante o ataque de uma esquadra Argentina comandada pelo alte. Williann Brown no ano de 1826. Luis Barroso Pereira era então capitão de Mar e Guerra e comandante da Fragata "Imperatriz Leopoldina" que se encontrava fundeada no porto de Montevideo. Apesar do ataque de seis navios inimigos, a Imperatriz resistiu de forma notavel, surpreendendo e repelindo a esquadra inimiga. Apesar de sua ousada tatica de contra-ataque, Luis pereceria da mesma forma que seu mestre "Nelson" em "Trafalgar", venceu e perdeu a vida no conflito.
Não por coincidencia, surgiu na ocasião, a famosa marcha atribuida a D. Pedro I, que se tornaria o hino da independencia do Brasil.
Dentre seus discipulos, há destaque para o marques de Tamandaré,portugues que se notabilizaria na guerra do Paraguay; que fôra seu tenente ao tempo da fragata Nicteroy. A primeira participação de Luis Barroso Pereira em combate ficaria mais tarde registrada por seu primo Mariano José Barroso de Carvalho, que denominaria de Santarem, sua bela fazenda de café em Bemposta. Mesmo falecido quatro anos após a independencia do Brasil, Luis Barroso Pereira teria sua notavel carreira lembrada por muitos anos. ele teve sua biografia registrada bem mais tarde, em tocante biografia escrita pelo barão do Rio Branco.
Com a morte do capitão Antonio Barroso Pereira, sua jovem viuva veio a se casar com José Antonio Barbosa, nascido na fazenda Sebolas, na freguesia da Paraiba. Este ficaria conhecido mais tarde como capitão "Tira Morros", alcunha ofertada por D. João ainda regente, e residente no Brasil, que se tornara a capital do reino a partir de 1808.
Por volta de 1804, o capitão José Antonio Barbosa daria inicio a ocupação das terras da banda leste da Paraiba que haviam sido requeridas pelo finado marido de Mariana Jacinta. É louvavel lembrar que, para receber tantas terras, o capitão Antonio Barroso Pereira, alem de seus atributos familiares junto à coroa, teve certamente, a participação efetiva do compadre e amigo de seu sobrinho homonimo aqui já citado Luis Beltrão de Gouveia e Almeida. Na ocasião da concessão, luis Beltrão era chefe do "Conselho Ultramarino" no Rio de Janeiro, órgão administrativo maximo do reino na colonia. A concessão de sesmarias passava inexoravelmente pelo crivo do conselho...
O capitão Antonio Barroso Pereira era oriundo de Santa Maria do Salto, um histórico lugar em Portugal, de onde Barrosos e Pereiras descendem dos mais antigos e ricos propritarios de terras daquele reino absolutista e essencialmente partrimonialista. De Salto eram oriundos os ancestrais de todos os Duques de Bragança, inclusive, o regente D. João, um legitimo descendente de D. Nuno Alvares Pereira e sua mulher e prima Leonor Alvim Barroso. Desse modo, é possivel compreender porque José Antonio Barbosa na condição de marido da viuva do capitão Antonio Barroso Pereira, teve a posse de tão vasto territorio. Por isso mesmo, após o falecimento de Mariana Jacinta no ano de 1833, a maior parte das melhores terras da Bemposta couberam a Magdalena Maria e seu irmão Antonio Barroso Pereira, restando uma pequena parte no alto da serra do Mundo Novo aos dois herdeiros que o capitão Tira Morros tivera em solteiro.
Com o desmembramento natural das terras da fazenda Bemposta, cuja sede foi erguida no ano de 1805, e da qual a fazenda Sant'Anna foi a primeira a ser desmembrada, todas as demais foram surgindo sucessivamente dessas duas durante o inicio do período cafeeiro.
A fazenda de Santarém teve sua sede edificada depois de 1840, quando do enlace entre Mariano José Barroso de Carvalho e Isabel leopoldina dos Santos Werneck. Ele recebeu as terras - desmembradas da fazenda Sant'Anna - de sua mãe Magdalena Maria Pereira de Carvalho, já viuva do alferes Damaso José de Carvalho desde 1832. Oficialmente as obras da sede da historica fazenda de Santarem foram finalizadas no ano de 1851.
Sua ampla sala de espera possuia inicialmente, magníficos afrescos com cenas de guerra, que lembravam cenas do conflito da "Batalha de Santarem" em Portugal por volta de 1811. Na sala de jantar, os afrescos eram de paisagens da fauna e flora, com cenas suaves de inumeros passaros e outros animais silvestres. Na fazenda Santarem nasceu José Antonio Werneck de Carvalho o primeiro filho do casal. Isabel Leopoldina ficou viuva aos cinco meses de gravidez do seu segundo filho Antonio José, que nasceria na fazenda Boa União em Entre Rios, pertencente à sogra Magdalena Maria. Isabel Leopoldina se casou depois com o cunhado Antonio José Barroso de Carvalho - por interferencia dos cunhados, o visconde e a viscondessa do Rio Novo - e tiveram os filhos, Deolinda, Magdalena, Anna, Josino Antonio, Damaso José, Guilherme José e Verginia. Isabel Leopoldina era filha de Antonio Luis dos Santos Werneck, que paulatinamente foi adquirindo terras por desmembramento da fazenda Sant'Anna, após ter adquirido a terça parte da metade da fazenda Bemposta, que coubera ao irmão de Magdalena Maria. Antonio Luis já havia edificado a sua primeira fazenda a qual denominara Boa Vista. Desta ele desmembraria as terras das fazendas Castelo e Recreio, brindadas aos filhos José Francisco - o mais velho e fundador do futuro distrito de N.S. da Conceição da Bemposta - e Luisa Maria respectivamente. Antonio Luis continuaria a arrendar e adquirir outras terras alem do morro de Sant'Anna em Bemposta, desse modo, tornar-se ia um dos maiores produtores de café de sua época. Com o tempo foi distribuindo suas terras aos filhos e sobrinhos que se casavam entre si, desse modo, apareceram as demais sedes de fazendas da bacia do rio Calçado, como, Cataguá, Retiro, Paciencia, Olaria e Santa Juliana. A ultima, viria a ser adquirida e edificada por e Luis Vieira Machado, irmão de Anna Maria da Assumpção,a esposa de Antonio Luis dos Santos Werneck. O vale do rio Calçado, desse modo, foi colonizado por Magdalena Maria Pereira de Carvalho inicialmente, seguida por Antonio Luis dos Santos Werneck - que lhe adquiria paulatinamente terras desmembradas da pioneira Sant'Anna - do cunhado deste, Luis Vieira Machado, assim como, de Guilherme de Araujo Franco, seu primo, que no alto Calçado, edificou a fazenda Bela Esperança. Houve ainda João de Sousa Werneck - primo irmão germanico de Antonio Luis - que edificou a fazenda Belem, tambem no alto Calçado. A fazenda Aguas Claras, na margem direita do Rio Preto, tambem foi edificada pela familia Araújo Franco após a guerra do Paraguay. As demais que surgiram, foram sendo edificadas pelos filhos dos pioneiros, ou seja, as denominadas fazendas de segunda e terceira geração, como Mundo novo, Harmonia, Aliança,Floresta, São Sebastião, São Joaquim, Cruzeiro e São João.
Após o falecimento de Antonio José Barroso de Carvalho, Isabel leopoldina foi morar com a filha Magdalena que residia com o marido Nicolau Antonio dos Passos na fazenda "Cruz das Piteiras", proxima ao atual distrito de Inconfidencia. Nicolau era irmão do marido de sua cunhada Anna, que era homonimo do pai, o comendador Joaquim Antonio dos Passos, dono da fazenda Santa'Anna do Alto do Pegado em Secretario. O comendador Joaquim exportava seu café diretamente de seus trapiches no porto do Rio de Janeiro. Homem riquissimo, ele edificou o magnífico palacete da av. Koeller em Petropolis, onde atualmente funciona o Hotel Solar do Imperio.
Após a morte do pai, Damaso José Werneck de Carvalho vendeu a fazenda da Aliança, onde nasceram suas duas primeiras filhas, Elazir e Octaline. Após entendimento com a mãe e seus irmãos _ frutos dos dois casamentos de sua mãe - Damasinho se tornaria o 3º senhor da fazenda Santarém. Ali com sua bela Francisca Augusta Rangel da Silveira (Chiquinha), teriam o unico filho Alynthor, e as filhas Irisval e Ulzimar. Chiquinha era amiga de outra e famosa homonima, a "Chiquinha Gonzaga". Elas se conheceram em um conservatório de musica na rua São Francisco Xavier no Rio de Janeiro, próximo de onde a outra veio residir com o pai Tristão Eugenio Crispiniano da Silveira Gomes e irmãos, após o falecimento da mãe Candida Augusta Rangel de Azeredo Coutinho. No conservatório se iniciara a amizade e a posterior parceria que seria interrompida com a morte tragica de Chiquinha na fazenda de Santarem por complicações com uma gravidez no ano de 1896.
Com o falecimento de Chiquinha, toda a musicalidade e explendor de Santarem se foi. Sua irmã Candida Augusta, mais conhecida como Candinha passou a cuidar dos sobrinhos como se mãe deles fosse. Apesar de comprometida, ela renunciara ao noivado para criar seus sobrinhos.
Irisval, minha avó, antes de iniciar sua trajetoria no colegio Santa Isabel em Petrópolis, foi alfabetizada na fazenda por Albina Teresa Marques de Abreu. Esta inesquecivel preceptora, que era irmã caçula do poeta Casemiro de Abreu, tambem lecionava francês e piano as filhas de Damasinho e Chiquinha. Ela foi apresentada a Damasinho, por seu cunhado Evaristo da Costa Cabral, marido de Deolinda. Os anos se passaram e depois de quase todos filhos casados, Candinha finalmente aceitou casamento de conveniencia com Damaso José, que dessa forma, acreditava deixar amparada a cunhada e tambem evitar a venda da fazenda, apesar de todas as crises que a cultura cafeeira enfrentava de forma cronica.
De problemas cardiacos Damasinho faleceria no ano de 1916, ficando Candinha com metade da fazenda e o restante para os filhos.
A contragosto paterno, Octaline se casara com o primo materno Edgard Silveira de Sousa, que adquiriu as partes dos cunhados, exceto da tia Candinha que era irmã de sua mãe Ambrosina Augusta e lhe passara sua metade.
Dividindo-se entre Petropolis e a fazenda de Santarem, Edgard resolveu vender a propriedade após a constatação do quadro de leucemia da esposa. Nessa ocasião, surgiu como intermediario na transação, um dos filhos de Elazir, que ambicionava a fazenda. Ele foi empregado na Companhia America Fabril atraves - do marido de sua tia Irisval - de Paulo Venancio da Rocha Vianna, procurador geral daquela que era a maior industria textil do mundo. Paulo era terceiro acionista, amigo e sócio de Demócrito Seabra, que detinha o controle acionário da companhia.
Flavio Damaso de Carvalho Werneck vislumbrava a possibilidade de realizar o negocio da venda da fazenda para Antonio Lartigaut Seabra, irmão de Demócrito. Após grande insistencia de Flavio, o negocio foi realizado, tendo ele se tornado administrador da fazenda de Santarem; abandonado o emprego na companhia America Fabril.
Com prejuizos acumulados rapidamente, Antonio L. Seabra descontente, acabou por aceitar vender a fazenda por nova insistencia de Flavio, que a adquiriu em "interminaveis" prestações.
Para pagar a fazenda, Flavio demarcou e desmembrou parte da mesma de modo a sinalisar o pagamento. A parte desmembrada incluia a antiga venda - e agencia dos Correios - da fazenda, que foi adquirida por Fritz Born por influencia do proprio Flavio Werneck, que o conhecera no tempo em que residiu no Rio de Janeiro. Fritz era cunhado de Laïta, prima de Flavio e filha de Paulo Venancio da Rocha Vianna e Irisval Werneck de Carvalho Vianna.
Em pouco tempo, no ano de 1950, Fritz desiste de sua parte da fazenda Santarem, mas a vende a Rodolpho Born Jr, seu irmão; marido de Laïta. Tal fato desagradou profundamente a Flavio, que dava como certa a reintegração da posse daquela parte preciosa da fazenda oportunamente.
Mais de duas decadas se passaram, até que, após a morte de Flavio Damaso de Carvalho Werneck, sua viuva e filhos, venderam a fazenda de Santarem para o empresário carioca Olavo Egydio Monteiro de Carvalho. Este posteriormente adquiriu as fazendas Harmonia e Floresta - outrora herdadas e edificadas pelos irmãos Antonio José e Guilherme José Werneck de Carvalho respectivamente -, cujas terras, haviam sido pertencentes à pioneira fazenda Sant'Anna. Nota. O morro de Sant'Anna em Bemposta ficou conhecido como tal, por ser citado naturalmente pelas pessoas, que desse modo, faziam alusão o local onde começavam as terras dessa fazenda, desde 1834, quando as terras da fazenda da Bemposta foram divididas entre os irmãos Antonio Barroso Pereira e Magadalena Maria. O morro de Sant'Anna fica defronte - a não mais existente - sede da fazenda Santa Juliana e servia de rumo com a fazenda do Recreio, cujas terras haviam sido desmembradas da fazenda da Boa Vista, a pioneira de Antonio Luis dos Santos Werneck em Bemposta. Ambas foram retratadas pelo famoso pintor bávaro Johann Georg Grimm, que pintou ainda em oleo sobre tela, as fazendas: Santarem, Retiro, Cataguá, Belém, Bela Esperança, Aliança e Floresta, todas na bacia do rio Calçado.